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16 de setembro de 2010
Gritos mudos e surdos
Muitas vezes esquecemos do quando é fundamentar aproveitar bem a vida, pois que se saiba até agora, esta é a única que nós temos. Mas aproveitar a vida não significa enverdar por hábitos e comportamentos que diminuem ou mascaram a nossa percepção da realidade tangível. Há que cuidar do corpo que carregamos, como um templo. Lapidar o ego para que ele nos sirva para alcançarmos o que desejamos, e sempre bem colocado no seu lugar, para não inflamar ao ponto de nos julgarmos o centro do mundo.
Contudo a própria vida nos vai colocando à prova, criando situações onde qualquer tampa de panela de pressão saltaria... Sem dúvida que o ser humano é uma invenção muito bem conseguida. Para além de nos conseguirmos regenerar após lesões e doenças, temos a capacidade de gerar outros seres à nossa semalhança, de criar e destruir, de aprender e ensinar. Uma data de actualizações contudo não estão ao alcance de qualquer um.
Exige um mergulho profundo, para acedermos às chaves que vão abrir as portas do entendimento. E como somos um ser grupal a coisa torna-se mais delicada. Cada ser recebeu no momento da sua criação dados e formatações vindas dos seus progenitores e a sua formação académica, o convívio com os seus pares fez com que cada um saísse diferente do outro. No que concerne aos relacionamentos, por cada um ter o seu ponto de vista diferenciado, poderão surgir atritos e desentendimentos, mesmo para quem aparentemente fala a mesma língua. Assim o cerne do entendimento é a comunicação. Não apenas a comunicação oral, mas principalmente a corporal, gestual. É na forma que está a nossa intensão. Muitas vezes o conteúdo fica para segundo plano, pois a maneira e o volume aplicado não foi o mais adequado a uma boa recepção por parte do ouvinte.
Também por falta de tempo, de abertura ou de vontade de gerar diálogo, recorremos a mensagens escritas, vulgares sms, onde a interpretação dos sinais pode ser deturpada, pois a cabeça de quem escreve a mensagem também é diferente da cabeça que a vai ler.
A regra das boas maneiras pode ser muito bem aplicada: não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.
Outra questão interessante que pode também gerar atrito é o momento, (e o local em muitos casos) em que essa informação foi recebida. Certas palavras em determinada hora, local, momento, têm uma carga emocional distinta se forem expressas num outro contexo.
Vamos tentar reagir com a consciência de que o outro não somos nós e que por vezes não será a altura ideal para falar. Depois ter o cuidado e a educação de tornar essa capacidade quase exclusiva do ser Humano, de respeitar o outro também através da partilha de informações. Felizmente fomos feitos com uma só cabeça, que é a nossa. Não temos acesso ao que vai na cabeça dos outros.
Talvez seja uma forma de diminuir o stress e tornar a nossa passagem mais agradável, e a dos outros também.
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