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12 de fevereiro de 2013

5 MITOS SOBRE O MUNDO E A MENTE ZEN DOS PRATICANTES DE YOGA!



Me parece que estes são os 5 mitos e clichês mais ouvidos, comentados, ditos, compartilhados e "acreditados" dos últimos tempos, nos grupos e comunidades de yoga:

1) "Aquilo que rejeitamos é exatamente aquilo de que precisamos."
Ah Lord Shiva, será? Será que já não foram suficientes nossos mais de 50 anos para saber reconhecer o que nos faz bem e o que não faz, o que queremos e do que realmente NÃO precisamos...? Hoje conhecemos melhor nosso corpo e psique, nos enxergamos como parte desta “trama”, essa “teia” em que estamos imersos, porém, já conseguimos (ufa!) manter o foco no que é essencial. E é essencial saber ouvir o corpo.
Por exemplo, aula de Yoga, hora daquela torção de faquir e o professor diz: "não é o seu corpo que está reagindo e sim a sua mente..." Essa é jogo duro! Teu corpinho está ali, dando tudo de si, dando o melhor de si; de repente, vem aquela fisgada na perna, no pé, no quadril, no ombro, no pescoço...a torção está muito intensa, você começa a suar...o corpo, dizendo: "chega, tá bom assim, não vai mais não..." você tem que ouvi-lo. Não o professor, o corpo.

2) "O que nós vemos de mau nos outros é o que temos em nós mesmos."
Depende. Acredito que a experiência nos traga mais intuição e mais clareza nos julgamentos. Aliás, essa é uma palavra “tabu” no meio do Yoga: “julgamento”. Uma pessoa sem a capacidade de discernir, de julgar, é um ser lobotomizado. Portanto, é uma questão de interpretação. O fato é que temos uma mente capaz de observar e discernir. E muitas vezes estamos diante de um psicopata. O que fazer, senão constatar por evidências irrefutáveis que determinada pessoa carrega consigo no mínimo, um karma pesado, negativo, e você não está nessa? Portanto, respire fundo e saia correndo!

3) "Aquilo que damos é o que recebemos."
De jeito nenhum, pelo menos não desse modo, romântico. Generosidade é essencial, mas não espere receber. Ás vezes acontece, e nos sentimos amados e reconhecidos. Deveria ser sempre assim, mas não é, e apesar disso, é perfeito.

4) "O Ego é nosso pior inimigo e deve ser destruído."
 Essa deveria ganhar o prêmio! Foi uma das bobagens mais compartilhadas no mundo virtual. O Ego, que é chamado de AHAMKARA no Yoga, é parte de uma cadeia, uma peça importante na engrenagem - corpo, mente, espírito ou alma, em relação à própria criação. O Ego deve servir à mente, ao intelecto. A mente, por sua vez, deve servir à “mente superior”, a grande inteligência criadora. O Ego é nossa “identidade”. O grande problema é que o Ego gosta de se perder no jogo das identificações. Por isso a propaganda é uma ferramenta tão potente na nossa sociedade consumista. Se a gente não se identificasse com tudo o que compra, não compraria nada! Estaríamos todos, o tempo todo identificados apenas com o Absoluto, tarefa nada fácil e muuuuuito Zen. O Ego precisa de atenção e de cuidados, em qualquer idade. Ele não deixa de existir. Ele pode ser, porém, “transcendido”. Já ouviram falar, né? Pois é, parece que é possivel...

5) E, por fim, a famosa frase: "Saia da sua Zona de Conforto."
Alguém sabe o endereço desse lugar chamado “zona de conforto” ? Me passem por favor, eu quero ir prá lá. Como é possível alguém estar “confortável” hoje em dia? Seja rico, pobre, remediado, europeu, americano, brasileiro, japonês... quem está confortável aí? Sentindo tudo o que acontece na “rede”, na teia, na trama...quem sente, sente também angústia, medo, raiva, revolta. Não, não é “feio” sentir, é natural. O ruim é reagir. Reagir por impulso não é a melhor opção e nós já aprendemos isso. Mas onde diabos fica essa “zona de conforto”, hein? Claro, vamos interpretar: sair do conhecido, mover-se em direção ao desconhecido. Sair é desconfortável, mas ficar também é! Ora bolas...
Quando você for ao studio de yoga da próxima vez, dê um abraço carinhoso no seu professor, ele também estará “desconfortável”.... Porém, alí, no momento da prática, temos todos a oportunidade de sentirmo-nos em casa e o caminho é o coração.
Mente clara, foco e bom senso! Boa prática!

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