Assim como qualquer máquina necessita de combustível para o seu funcionamento, nós seres humanos também precisamos. O nosso combustível é a energia vital. Tal energia é movida e mantida por uma composição complexa de fatores, mas boa parte dela depende de como estamos enfrentando as situações do cotidiano.
É na terra dos pensamentos e sentimentos que nutrimos que encontra-se a chave reguladora da energia vital, ou seja, da nossa disposição e alegria para com a vida. Os nossos sentimentos determinam a forma como nos percebemos, a maneira como reagimos ao mundo que nos cerca. Falando com simplicidade: cada um de nós é os sentimentos que tem. Aquilo que sentimos a respeito de qualquer coisa reflete a nossa história, o nosso desenvolvimento e as influências passadas, presentes e também o potencial para o futuro. Compreender os nossos sentimentos é compreender o mundo que nos circunda. Da mesma forma, eles também determinam a nossa condição de saúde ou doença.
Mente e corpo são indivisíveis e sofrem tanto por agressões e pressões vindas do meio externo quanto e principalmente vindas de dentro. As doenças se iniciam muito antes de aparecerem no corpo físico.
Para entender como os sentimentos podem afetar a saúde se transformando em algo tão pesado até desencadear doenças, basta compararmos com a chuva.
No início há somente humidade no ar (sentimentos que incomodam sem serem percebidos). A humidade começa a se condensar em nuvens leves (ideias, pensamentos e emoções já perceptíveis mas ainda pouco consistentes). As nuvens se condensam até se transformarem em chuva (sentimentos negativos como o rancor, ressentimento, mágoa, tensão). A chuva cai sobre o solo do nosso corpo afetando a nossa saúde. Quanto mais forte for a chuva mais problemas ela pode causar.
Existe uma intima relação entre as partes do corpo, os sentimentos e as doenças. Por exemplo, os pulmões sofrem com a dificuldade de perdoar apresentando problemas como pneumonia e asma.
O coração sofre com a raiva e o rancor. Quando não lidamos com esses sentimentos sobrecarregamos o sistema cardiovascular. Da mesma forma sofrem o estomago quando não digerimos uma situação dolorosa, os intestinos e o sistema imunológico.
Yara Lorenzetti – Psicóloga
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